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Memórias de cuidados parentais na infância, estilo de vinculação, qualidade da relação com pessoas significativas, perturbação psicopatológica e aliança terapêutica (estudo exploratório)

Memórias de cuidados parentais na infância, estilo de vinculação, qualidade da relação com pessoas significativas, perturbação psicopatológica e aliança terapêutica (estudo exploratório)

Costa, Raquel A.

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Pacheco, Alexandra

; Figueiredo, Bárbara
| Universidade do Minho. Centro de Estudos em Educação e Psicologia (CEEP) | 2002 | URI

Artigo de Jornal

Esta investigação teve por objectivo explorar: a) a influência das memórias de cuidados parentais na infância, do estilo de vinculação, da qualidade da relação com pessoas significativas e da perturbação psicopatológica na qualidade da aliança terapêutica; b) a relação entre a qualidade da aliança terapêutica e os resultados psicoterapêuticos; e, c) a relação entre as mudanças na qualidade da aliança terapêutica e os resultados psicoterapêuticos. Uma amostra de 20 mães adolescentes foi avaliada, na primeira e na última (16.ª) sessão de uma intervenção psicoterapâutica, quanto às memórias de cuidados parentais na infância (EMBU), ao estilo de vinculação (ASI), ao suporte social (SESS) e à presença de perturbação psicopatológica (BSI). Tanto na 4.ª como na última sessão, pacientes e psicoterapeutas responderam a medidas de aliança terapêutica (WAI). Os resultados sugerem a existência de relações significativas entre algumas características psicológicas do paciente e a percepção da aliança terapêutica inicial, quer por parte do paciente quer por parte do terapeuta. Sugerem ainda que uma percepção positiva da aliança terapêutica, por parte do terapeuta, no início do processo terapêutico, está positivamente relacionada com os ganhos psicoterapêuticos do paciente, em termos da redução da sintomatologia psicopatológica. Os ganhos psicoterapêuticos do paciente, ao nível do estilo de vinculação e da qualidade das relações significativas, estão positivamente relacionados com uma percepção positiva da qualidade da aliança terapêutica, por parte do paciente, na última sessão. Contudo, as mudanças psicoterapêuticas positivas associadas à intervenção não parecem estar exclusivamente relacionadas com o aumento da qualidade da aliança terapêutica, observada entre o paciente e o terapeuta.
The aim of this study is to explore a) the influence of the memories of infant parental care, the attachment style, the quality of the relationship with a significant person and of the psychopathological disorder is the quality of the working alliance, b) the relation between the working alliance and therapeutic outcomes and c) the relation between changes on the working alliance and therapeutic outcomes. A sample of 20 teenage mothers was evaluated in the first and last (16.ª) therapeutic session, regarding the memories of the parental care in childhood, the attachment style, the quality of the social support and psychopathological symptoms. In the forth and in the last session, both clients and therapists completed a measure of the working alliance. The results suggest that there is a significant connection between some psychological characteristics of the client and the perception of both client and therapist about the working alliance. the initial perception of the therapist about the working alliance is related with the client therapeutic gains concerning the psychological symptoms. The therapeutic outcomes, regarding she attachment style and the quality of the relationship with significant persons, are positively related with a better perception of the client about the working alliance in the last session. Nevertheless, the positive therapeutic outcomes don't seem to be exclusively related with a better perception of the working alliance through the therapeutic intervention.

Publicação

Ano de Publicação: 2002

Editora: Universidade do Minho. Centro de Estudos em Educação e Psicologia (CEEP)