Autoeficácia parental e cuidados ao bebé durante a gravidez, em mães e pais
Ferreira, Soraia Daniela Rodrigues
Thesis
Dissertação de mestrado em Psicologia Clínica na Infância e Adolescência
O presente estudo investigou as diferenças na autoeficácia parental e nos cuidados ao
bebé entre o primeiro e o terceiro trimestre da gravidez, com o objetivo de compreender o impacto
dessas variáveis em pais e mães. Participaram 62 futuros pais, incluindo 31 mães e 31 pais,
recrutados no Hospital Pedro Hispano e na Unidade Local de Saúde de Matosinhos. Utilizou-se o
Karitane Parenting Confidence Scale (KPCS) para medir a autoeficácia parental e o Baby Care
Scale (BCS) para avaliar os cuidados prestados ao bebé. Os resultados mostraram que a
autoeficácia parental não sofreu alterações significativas ao longo da gravidez, e não previu os
cuidados ao bebé, contrariando o esperado com base na literatura. Por outro lado, os cuidados ao
bebé aumentaram do primeiro para o terceiro trimestre, especialmente na subescala de cuidados
próprios e do bebé. Este estudo destaca a importância de explorar as dinâmicas emocionais e
contextuais que podem influenciar a autoeficácia parental durante a gravidez e após o nascimento,
além de ressaltar a necessidade de apoio contínuo aos futuros pais.
This study examined the differences in parental self-efficacy and baby care between the
first and third trimesters of pregnancy, aiming to understand how these variables impact both
fathers and mothers. A total of 62 expecting parents, including 31 mothers and 31 fathers, were
recruited from Pedro Hispano Hospital and the Local Health Unit of Matosinhos. The Karitane
Parenting Confidence Scale (KPCS) was used to measure parental self-efficacy, and the Baby Care
Scale (BCS) was employed to assess baby care. Results indicated that parental self-efficacy
remained stable throughout the pregnancy and did not predict baby care, contrary to what was
expected from previous literature. However, baby care significantly increased from the first to the
third trimester, particularly in the subscales of self-care and baby care. This study highlights the
importance of exploring the emotional and contextual factors that may influence parental self-efficacy during pregnancy and after childbirth, as well as emphasizing the need for ongoing support
for expecting parents.