Demência de Alzheimer: desafios, impacto nos cuidadores informais e implicações para a prática

A demência de Alzheimer, uma forma comum de demência, impacta mais e 90.000 indivíduos em Portugal, mas continua a ser subdiagnosticada sendo caracterizada por anormalidades proteicas no cérebro, essa condição origina um declínio
cognitivo progressivo, acarretando desafios socioeconómicos e de saúde pública. O processo abrangente de diagnóstico
inclui testes cognitivos, história médica e avaliação multidisciplinar, sendo que exames laboratoriais e de imagem são realizados
para excluir causas reversíveis. O diagnóstico precoce é essencial para facilitar intervenções terapêuticas eficazes. A incidência da
demência de Alzheimer está a aumentar globalmente devido ao envelhecimento populacional. A Organização Mundial da Saúde classifica a demência como uma das principais causas de incapacidade e morte. O declínio cognitivo, alterações neuronais e
sintomas comportamentais e psicológicos têm um efeito significativo no doente e cuidador, afetando negativamente a qualidade de vida de ambos. As intervenções terapêuticas e o apoio social e familiar sobretudo na diminuição da sobrecarga, são fundamentais na gestão da doença. A intervenção ao nível do estilo de vida, a intervenção cognitivo-comportamental e terapias não farmacológicas na diminuição
dos sintomas são abordadas bem como o impacto na dinâmica familiar. O presente artigo apresenta assim uma revisão da pesquisa ao
nível dos efeitos psicológicos, comportamentais neuropsicológicos da demência de Alzheimer com enfâse na investigação e intervenção
psicológica nesta doença quer para os doentes quer para os cuidadores.