Comportamentos antissociais e a influência dos grupos de pares em jovens rapazes da comunidade

Dissertação de mestrado em Psicologia da Justiça
Durante a adolescência o grupo de pares ocupa uma posição privilegiada e pode exercer
no individuo influências tanto positivas como negativas. Segundo a literatura, os rapazes
manifestam mais probabilidade de se envolver em comportamento antissociais na adolescência
do que as raparigas. O principal objetivo deste estudo é compreender a relação entre os grupos
de pares e comportamentos antissociais em jovens rapazes portugueses. Pretende-se analisar
possíveis papeis moderadores que envolvem os fatores de risco e fatores de proteção de grupos
de pares, através da aplicação do instrumento Communities That Care-Youth Surve (CTC-YS). A
amostra é composta por 362 adolescentes do género masculino. Os resultados do estudo
demonstraram que quando expostos a fatores de risco individual de pares, os adolescentes
apresentam mais comportamentos antissociais. A presença de fatores protetores, como a
interação com pares pró-socias, poderá diminuir a probabilidade do adolescente se envolver em
comportamentos antissociais, demonstrando a importância da continuação do estudo deste
fenómeno e as suas implicações para a prevenção de comportamentos antissociais.
During adolescence, the peer group occupies a privileged position and can exert both
positive and negative influences on the individual. According to the literature, boys are more likely
to engage in antisocial behavior during adolescence than girls. The main aim of this study is to
understand the relationship between peer groups and antisocial behavior in young Portuguese
boys. The aim is to analyze possible moderating roles involving the risk factors and protective
factors of peer groups, by applying the Communities That Care-Youth Survey (CTC-YS) instrument.
The sample consisted of 362 male adolescents. The results of the study showed that when exposed
to individual peer risk factors, adolescents show more antisocial behavior. The presence of
protective factors, such as interaction with pro-social peers, may decrease the likelihood of
adolescents engaging in antisocial behavior, demonstrating the importance of continuing to study
this phenomenon and its implications for the prevention of antisocial behavior.