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O CIPsi agradece...Diego Pinal

Anfiteatro EPsi |

Convidamos a comunidade académica a participar na conferência “O CIPsi agradece...”. Com esta conferência o CIPsi agradece ao investigador Diego Pinal o seu valioso contributo ao CIPsi no Laboratório de Neurociência Psicológica nos últimos 7 anos.

Com apresentação da Professora Adriana Sampaio, o Doutor Diego Pinal traz-nos a conferência "Styling brain waves for cognitive control across the adult lifespan", no dia 26 de maio às 12h15, no Anfiteatro EPsi. 

Bio:
Diego Pinal Fernandez é investigador associado da Universidade de Santiago de Compostela. Integrou o Laboratório de Neurociência Psicológica do CIPsi, de 2016 a 2023, como investigador de pós-doutoramento. Foi  premiado, em 2017, com o prémio de teses de doutoramento excepcionais da Universidade de Santiago de Compostela (Espanha) pelo seu trabalho nas alterações relacionadas com a idade na atividade cerebral durante tarefas de memória de trabalho visual (defendida em 2015). A sua investigação centra-se na evolução das bases neurais das funções cognitivas ao longo da vida humana para posteriormente intervir nelas com métodos não farmacológicos; nomeadamente, com estimulação elétrica transcraniana (tES) ou intervenções em grupo. Nos projetos desenvolvidos no CIPsi, aprofundou o estudo das alterações estruturais e funcionais do cérebro que suportam aos processos cognitivos superiores e a sua relação com o estilo de vida, utilizando esta informação para criar um modelo preditivo da idade cerebral/cognitiva de um indivíduo. Para tal, explorou a relação dos dados neurais com factores como a aptidão cardiorrespiratória, a inflamação sistémica e a reserva cognitiva. Assim, seguindo uma abordagem translacional, pretendeu construir uma ferramenta que aplique os conhecimentos da investigação básica à detecção de pessoas que sofrem sinais prematuros de envelhecimento cognitivo e que podem beneficiar de intervenções de estimulação cognitiva. Avançando com esta abordagem translacional, desenvolveu um projecto para conceber e optimizar um protocolo tES para melhorar o controlo cognitivo da interferência proactiva em adultos mais velhos. Além disso, trabalhou em equipas multidisciplinares com médicos, enfermeiros, sociólogos e educadores de outras universidades europeias e canadianas nas redes COVERAGE e Vulnerâge, que se centram nas experiências de cuidados e ações de prevenção nos adultos mais velhos em situação de vulneravilidade, e na acção ERASMUS+ 3AC, que desenvolve um curso universitário para adultos de mais de 55 anos com vista a melhorar a sua adaptação bio-psico-social ao processo de envelhecimento.

Resumo

Constantemente recebemos informações que recomendam que sigamos um estilo de vida ativo, física e socialmente, e saudável. Mas como é que esses estilos de vida afetam à atividade do nosso cérebro e aos mecanismos de controlo cognitivo ao longo da vida? Nos últimos anos no Laboratório de Neurociência Psicológica do CIPsi temos estado a trabalhar em dar resposta a esta questão com o intuito de gerar modelos preditivos que ofereçam mais informação sobre estilos de vida que estejam associados com uma melhor performance cognitiva e com a preservação dos padrões de atividade cerebral associados a esta performance enquanto envelhecemos. Na presente palestra irei apresentar os resultados deste projeto, desde a identificação das diferenças relacionadas com a idade na atividade cerebral relacionada com o controlo cognitivo, até o desenvolvimento dos modelos preditivos sobre a performance cognitiva passando pelas interações entre estilo de vida e atividade cerebral na determinação do nosso nível de desempenho em tarefas neuropsicológicas de avaliação cognitiva.